| 
                   Foto: https://elbuho.pe/archivo/2015/01/28/el-adios-del-poeta-anibal-portocarrero/index.html  
                    
                  ANÍBAL PORTOCARRERO  
                    
                  Aníbal  nasceu em Cotahuasi, Arequipa em 3 de abril de 1930; Pouco depois, o pai  mudou-se para Mollendo. A visão do mar foi o seu primeiro estímulo poético. 
Estudou  no American Independence College e depois na Escola de Letras da Universidade  de San Agustín. Naquela época, Mario Zolezzi ensinava francês lá e na Aliança  Francesa. Paris ainda era o centro intelectual sonhado pelos escritores  sul-americanos, Aníbal conseguiu uma bolsa e a universidade lhe concedeu  permissão para sair. 
                    
                  Obteve  o diploma de bacharel e estava prestes a concluir o doutorado sobre “A cidade e  os cachorros”, quando, numa daquelas manobras de inveja e ressentimento que  mancham o nome da Escola de Letras, lhe negaram permissão para continuar os  estudos por uma nova temporada. 
                    
                  Nació  en Arequipa en 1930, pero a sus 85 años estaba lúcido y entero. Fue un poeta  prolífico, pero no muy afecto al empaste. Su poesía ha sido publicada dispersa  a lo largo de medio siglo, pero con pocos libros. 
                  Falleció  ayer en la ciudad de Lima donde vivía ya hace varios años. Se doctoró en  Literatura en la Universidad Nacional de San Agustín, donde fue profesor por  varios años. Becado por la Alianza Francesa,  realizó estudios de postgrado en la Escuela Prácticas de Altos Estudios de la  Universidaad de París. Su primer poemarío «Memoria de la destrucción» fue  editado por la UNSA, muchos años después que ocnenzara a escribir. Y después de  20 años publicó «La hora del lobo». 
                  Jurado  en la ediciones III y IV del Concurso Literario de El Búho, en los últimos ños  venía en forma recurrente a su ciudad natal, donde muchs jóvenes seguidores lo  recordarán a través de sus versos. 
                    
                         TEXTOS EN ESPAÑOL   -  TEXTOS EM PORTUGUÊS  
                    
                  
                    
                      
                          | 
                       
                    
                   
                  KRATIOS. REVISTA CULTURAL DE NUESTA AMÉRICA.   Primavera  2006.   No. 1   Director:       Manuel Velázquez Rojas.  Lima, Perú: Fondo Editorial Cultura Peruana. 
                     
                     
                     
                    NOCTURNO  PERSONAL 
                       
                      Sola como el mundo eres noche, 
                    en tú corazón de espanto la araña rompe sus hilos, 
                    abre caminos ocultos, deja huellas que el caracol nocturno 
                    reconoce y continúa o teje en mi corazón una negra nostalgia. 
   
                    Viajas empujando estrellas acumulando cenizas y sueños, 
                    en tu reino sólo cuerpos tirados, sólo ciudades arrasadas, 
                    árboles callados, cerradas puertas, 
                    sólo la muerte a tus orillas esperando como un gran baúl negro. 
   
                    Madre noche, tus planicies blancas son mis sueños, 
                    ahí a veces la luna tece el hilo de la desolación 
                    o un pájaro negro grazna el ruido de la muerte. 
   
                    Madre noche, mi corazón te pertenece, 
                    allí estoy de pie en tu reino de estrellas 
                    donde la soledad descarga sombras 
                    o donde tú lector estás abrumado 
                    y aunque pienses que una estrella te guía, 
                    ella, sola como tu, viaja en la eternidad. 
   
   
   
  ROSA  EXTRAÑA 
   
  Bebo a oscuras tu aire de cristal. 
                    Rosa muerta, rosa quieta, 
                    pétalo a pétalo caída en el vacío. 
                    Rosa fúnebre. 
                    Me muero en tu silencio, acabado y nostálgico. 
   
   
   
    POEMA 5  
   
  Inclina tu rostro sobre la fuente antigua 
                    donde brota el agua junto a las viejas flores salvaje 
                    Deja que las horas se deshagan en la paz o en la desolación 
                    o Enel curso de los día enhiestos. 
   
                    Contemplas con extravío la natural quietud del agua 
                    y hundes tus manos en su claridad; 
                    entonces todo recibe un nuevo impulso 
                    que tu acoges en un gesto que yo recibo y continúo; 
                    yo atisbo y dejo que seas así aunque sólo sea una ilusión fugaz; 
                    luego te alejas, acercándote a un reino desolado.  
                    
                  LA CASA DEL POETA 
                     
                    La casa clavada por el viento o  arrastrada, 
                      la casa habitada por millones de víboras, 
                      la casa sumergida en un abismo marino, 
                      la casa que pende de un hilo, 
                      la casa sin nadie, 
                      la casa sin casa, 
                      la casa sin techo ni paredes, 
                      la casa del Diablo, 
                      la casa de Dios, 
                      es la casa del poeta.   
                    
                  TEXTOS EM PORTUGUÊS 
                                       Tradução  de ANTONIO MIRANDA 
                   
                   
                     
                    NOTURNO PESSONAL 
   
                    Sozinha   como o mundo és noite, 
                      em teu coração de espanto a aranha rompe seus fios, 
                      abre caminhos ocultos, deixa pegadas que o caracol noturno 
                      reconhece e continua o tecer em meu coração uma negra nostalgia. 
   
                      Viajas empurrando estrelas acumulando cinzas e sonhos, 
                      em teu reino apenas corpos jogados, apenas cidades arrasadas, 
                      árvores caladas, portas fechadas, 
                      apenas a morte em tuas orelhas esperando como um grande baú 
                      [negro. 
                  Mãe noite, tuas planícies brancas são meus sonhos, 
                    aí às vezes a lua tece o fio da desolação 
                    ou um pássaro negro grasna o ruido da morte. 
   
                    Mãe noite, meu coração te pertence, 
                    ali estou de pé em teu reino de estrelas 
                    onde a solidão descarrega sombras 
                    ou onde tu leitor estás sobrecarregado 
                    e embora penses que uma estrela te guia, 
                    ela só como tu, viaja na eternidade.  
                    
                  ROSA EXTRANHA 
                     
                    Bebo  às escuras teu ar de cristal. 
                      Rosa morta, rosa quieta, 
                      pétala a pétala caída no vazío. 
                      Rosa fúnebre. 
                      Morro em teu silêncio, acabado e nostálgico.  
                    
                  POEMA 5  
                     
                    Debruça  teu rosto sobre a fonte antiga 
                      onde brota a água com as velhas flores selvagens 
                      Deixa que aas horas se desfaçam na paz ou na desolação 
                      o Enel* curso dos dias insistentes. 
   
                      Contemplas com extravio a natural quietude da água 
                      e afundes tuas mãos em sua claridade; 
                      então tudo recebe um novo impulso 
                      que tu acolhes com um gesto que eu recebo e continúo; 
                      eu vislumbro e deixo que sejas assim embora seja apenas uma ilusão 
                      fugaz; 
                      depois te afastas, aproximando-te de um reino desolado. 
                    
                  * A Enel, que originalmente significava Entidade Nacional  de Eletricidade (Ente nazionale per l'energia elettrica), a princípio foi  estabelecida como uma entidade pública no final de 1962, e depois transformada  em uma sociedade anônima em 1992.                   
                    
                  A CASA Do POETA 
                     
                    A  casa cravada pelo vento ou arrastada, 
                      a casa habitada por milhões de víboras, 
                      a casa submersa em um abismo marinho, 
                      a casa que pendurada por um fio, 
                      a casa sem ninguém, 
                      a casa sem casa, 
                      a casa sem teto nem paredes, 
                      a casa do Diabo, 
                      a casa de Deus, 
                      é a casa do poeta.  
                    
                    
                  * 
                     
                    VEJA e LEIA outros poeta  do PERÚ em nosso Portal: 
                      http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/peru/peru.html 
                  Página  publicada em janeiro de 2024. 
                
  |